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Arte e Cultura

Festival de Veneza recebe George Clooney e Emma Stone

As superestrelas de Hollywood George Clooney e Emma Stone devem atrair todos os flashes nesta quinta-feira (28) no Lido de Veneza, na apresentação de seus mais recentes filmes, ambos na disputa pelo Leão de...

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As superestrelas de Hollywood George Clooney e Emma Stone devem atrair todos os flashes nesta quinta-feira (28) no Lido de Veneza, na apresentação de seus mais recentes filmes, ambos na disputa pelo Leão de Ouro, na 82ª edição da Mostra. 

As nuvens que cobrem parcialmente o céu veneziano não tiram nem um pouco do esplendor do festival, ao qual Clooney, de 64 anos, comparece para a estreia de "Jay Kelly", com o qual o diretor Noah Baumbach aspira ao prêmio máximo da competição. 

No filme, produzido pela Netflix, Clooney vive um renomado ator aos 30 anos de carreira e afetado por uma crise de identidade. Obcecado em fortalecer a relação com suas filhas, viajará com seu dedicado empresário (Adam Sandler) e sua assessora de imprensa (Laura Dern) a Toscana. Durante o trajeto, Jay refletirá sobre a solidão, seus erros, acertos e o preço do sucesso.

Os curiosos e fãs que todos os dias se aglomeram ao lado do tapete vermelho também terão seu momento de glória quando Emma Stone aparecer para a exibição de "Bugonia". Sua nova colaboração com o diretor grego Yorgos Lanthimos narra o sequestro de uma executiva suspeita de ser uma alienígena que busca destruir a Terra.

Ao ser questionada em uma coletiva de imprensa se acredita em vida extraterrestre, Stone afirmou que "a ideia de que estamos sozinhos nesta vasta extensão do universo (...) é bastante narcisista". "Então sim, vou contar: acredito em alienígenas", afirmou. 

Este filme de ficção científica, uma feroz crítica ao sistema e à situação atual do mundo, entre mudança climática, precariedade trabalhista, desinformação e desigualdades sociais, está longe de refletir um mundo distópico, segundo Lathimos. 

"Infelizmente, grande parte da distopia neste filme não é muito fictícia. Muito disso reflete o mundo real", indicou o diretor, que disse esperar que seu filme faça os espectadores "refletirem". 

"Isso está acontecendo agora (...) As pessoas terão que escolher o caminho certo em muitos sentidos, caso contrário, não sei quanto tempo nos resta, com tudo o que está acontecendo no mundo: tecnologia, inteligência artificial, guerras", acrescentou.

Uma parceria anterior do diretor e da atriz, "Pobres Criaturas", ganhou o Leão de Ouro em 2023. 

Tanto "Jay Kelly" quanto "Bugonia" integram a lista de 21 filmes da mostra oficial este ano, dos quais seis foram dirigidos por mulheres. 

Um júri, presidido pelo cineasta Alexander Payne, anunciará os vencedores no dia 6 de setembro, fim da competição. 

Outra estreia desta quinta-feira e que também concorre ao prêmio é "Orphan", um drama no qual o húngaro László Nemes explora o tema da identidade, através dos olhos de Andor, um menino judeu no final dos anos 1950 em Budapeste, que foi criado apenas pela mãe e cresceu com uma imagem idealizada de seu pai, desaparecido após ser deportado. Seu mundo é abalado quando um homem aparece em sua vida afirmando ser seu verdadeiro genitor.

- Gaza -

A seção de documentários conta com a estreia de 'Ghost Elephants', trabalho mais recente do alemão Werner Herzog, que na quarta-feira recebeu o Leão de Ouro por sua trajetória durante a cerimônia de abertura. 

A guerra na Faixa de Gaza se fez presente no Festival, com um coletivo de profissionais do setor audiovisual recentemente criado, o Venice4Palestine (V4P), exigindo que os organizadores critiquem explicitamente a intervenção de Israel no território palestino. 

O diretor artístico da Mostra, Alberto Barbera, insistiu que o evento é 'um lugar de abertura e debate'. 

'Nunca hesitamos em declarar claramente nosso imenso sofrimento pelo que está acontecendo na Palestina (...) com a morte de civis e, sobretudo, de crianças', acrescentou, sem mencionar diretamente o governo israelense.

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