Cacau termina semana com perdas, café tem ganho semanal de 6%
NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do cacau na bolsa ICE tiveram alta acentuada nesta sexta-feira, mas registraram perda em base semanal, impulsionada pelas quedas nas moagens do segundo trimestre na

NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do cacau na bolsa ICE tiveram alta acentuada nesta sexta-feira, mas registraram perda em base semanal, impulsionada pelas quedas nas moagens do segundo trimestre na Ásia, Europa e América do Norte. O café arábica registrou um ganho semanal de 6%.
CACAU
* O cacau em Londres subiu 245 libras, ou 5,1%, a 5.048 libras por tonelada, recuperando algum terreno depois de cair mais de 5% na quinta-feira. O contrato perdeu 4% na semana.
* O cacau em Nova York ganhou 6,7%, para US$7.800 a tonelada, mas terminou a semana com uma perda de 12%.
CAFÉ
* O café arábica fechou em queda de 3,6 centavos, ou 1,2%, a US$3,036 por libra-peso, com o mercado se consolidando depois de subir no início da semana.
* O contrato registrou um ganho semanal de 6%, impulsionado pela notícia de que os EUA planejam impor tarifas de 50% sobre todas as importações do Brasil, o maior produtor de café, em 1º de agosto.
* Cerca de um terço do café dos EUA vem do Brasil e as tarifas, caso se concretizem, praticamente interromperiam o fluxo de grãos brasileiros para os EUA -- o maior consumidor de café do mundo.
* "As tarifas dos EUA também estão tornando impossível adicionar qualquer compra. É muito arriscado sem uma orientação concreta", disse Thiago Cazarini, corretor baseado no Brasil, referindo-se ao mercado brasileiro.
* Negociantes observaram que a colheita no Brasil estava progredindo bem e estava 77% concluída em 16 de julho, acima dos 74% de um ano atrás, de acordo com a Safras & Mercado.
* O café robusta ganhou 1,1%, para US$3.348 a tonelada.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto subiu 0,08 centavo, ou 0,5%, para 16,82 centavos de dólar por libra-peso. O ganho semanal foi de 1,5%.
* A China importou 420.000 toneladas de açúcar em junho, elevando o total acumulado no ano até o momento para 1,04 milhão de toneladas, uma queda de 19,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
* O açúcar branco ganhou 0,8%, para US$487,70 a tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)