Barça vence Real Madrid (3-2) na prorrogação e conquista Copa do Rei pela 32ª vez
O Barcelona conquistou seu 32º título da Copa do Rei com uma vitória dramática por 3 a 2 sobre o Real Madrid, graças a um gol de Jules Koundé nos momentos finais da prorrogação na...

O Barcelona conquistou seu 32º título da Copa do Rei com uma vitória dramática por 3 a 2 sobre o Real Madrid, graças a um gol de Jules Koundé nos momentos finais da prorrogação na final disputada neste sábado (26), em Sevilha.
Um chute de pé direito do francês aos 116 minutos evitou a disputa nos pênaltis, depois que o tempo regulamentar terminou empatado em 2 a 2, com gols de Pedri (28') e Ferran Torres (84') para o Barça, e dos franceses Kylian Mbappé (70') e Aurélien Tchouaméni (77') para o time da capital.
"Ganhar um título num 'El Clásico' contra o Real Madrid é sempre algo especial. Estou muito feliz pelos meus jogadores", disse o técnico do Barça, Hansi Flick.
O Barcelona reforça ainda mais sua hegemonia entre os campeões do torneio, aumentando agora para oito títulos sua vantagem sobre o segundo colocado, o Athletic Bilbao (24), que foi campeão da última edição, enquanto o Real Madrid é o terceiro, com 20 troféus nesta competição.
- 1º passo rumo à tríplice coroa -
Já fazia quatro anos que o time 'blaugrana' não vencia o torneio, e Hansi Flick conquistou agora seu segundo título como técnico 'culé', após vencer a Supercopa da Espanha em janeiro passado.
Mas, acima de tudo, a Copa do Rei representa uma grande injeção de moral para o Barça, que dá o primeiro passo em sua busca para terminar a temporada com uma tríplice coroa.
Seus outros objetivos são o Campeonato Espanhol, onde lidera com quatro pontos de vantagem sobre o Real Madrid, e a Liga dos Campeões da Europa, onde vai receber a Inter de Milão no jogo de ida das semifinais na quarta-feira (30).
Para o Real Madrid, este é o terceiro revés sofrido diante do Barça em três partidas nesta temporada. As duas anteriores foram com placares mais elásticos: uma goleada por 4 a 0 em pleno Bernabéu, no primeiro turno de LaLiga, e uma vitória por 5 a 2 na Arábia Saudita, na final da Supercopa da Espanha.
Eliminado da Liga dos Campeões nas quartas de final, o Real Madrid e seu técnico, Carlo Ancelotti, que vem sendo questionado, precisam agora concentrar seus esforços na busca pelo título do campeonato espanhol e depois, o Mundial de Clubes da Fifa, competição para a qual o Barça não se classificou.
"Tentamos até o fim. Estivemos muito perto, fizemos um segundo tempo muito bom e meticuloso. Futebol é isso", se resignou Ancelotti.
- 'Efeito Mbappé' não basta -
Em cada tempo da partida, um time dominou. A primeira etapa foi do Barça, que após vários avisos abriu o placar aos 28 minutos, quando Yamal recebeu a bola na lateral, entrou na área e achou espaço para tocar para Pedri, que, livre, chutou da entrada da área e a bola entrou no gol madridista.
O Real Madrid achou que havia empatado aos 35 minutos com Jude Bellingham, mas o gol foi anulado por impedimento. Um pênalti marcado pelo árbitro a favor do time da capital no final do primeiro tempo também foi anulado por impedimento.
Tudo mudou no segundo tempo com a entrada de Kylian Mbappé no lugar de Rodrygo. O Real Madrid passou a frequentar a área de Wojciech Szczesny, que fez três defesas em tentativas de Vinicius Jr, que em outro lance mandou a bola para fora (59').
Mas foi Mbappé, fora dos dois últimos jogos da equipe com uma torção no tornozelo, quem quebrou o gelo, com uma cobrança de falta direta (70').
- Lesões de Vini e Mendy -
Aos 77 minutos, após uma cobrança de escanteio de Arda Güler, Tchouaméni cabeceou para a rede virando o jogo. Mas o Barça, dominado no segundo tempo, teve tempo de reagir com um chute de pé direito aos 84 minutos, com Yamal novamente dando uma assistência num contra-ataque para o gol de Ferran Torres: 2 a 2.
Nos acréscimos, o árbitro anulou um pênalti em Raphinha a favor do Barça após um longo momento de tensão com a consulta ao VAR.
Na prorrogação, o Barça chegou mais perto de marcar e foi recompensado por sua ousadia aos 116 minutos, quando Koundé roubou a bola de Brahim Díaz e chutou com precisão, sem chances para Courtois.
Antonio Rüdiger, substituído na reta final da prorrogação, foi expulso nos acréscimos por um protesto furioso contra o árbitro.
A final também deixou dois jogadores lesionados: o francês Ferland Mendy e o brasileiro Vinicius Jr, que foram substituídos com problemas físicos aos 10 e 89 minutos, respectivamente.
Como manda a tradição, a final da Copa foi presidida pelo Rei da Espanha, Felipe VI, que dá nome à competição. O monarca espanhol começou o dia em Roma, onde liderou a delegação espanhola no funeral do Papa Francisco, que morreu na segunda-feira aos 88 anos.
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