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Por Roberto Samora
SÃO PAULO, 1 Dez (Reuters) - O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, previu nesta segunda-feira chuvas abaixo da média para o Sul do Brasil ao longo de dezembro, especialmente no Rio Grande do Sul, o que poderia trazer alguma preocupação para lavouras de soja e milho.
O Sul conta normalmente com dois dos maiores Estados produtores de soja do Brasil, o Paraná e o Rio Grande do Sul. Em condições normais, os gaúchos são também os mais importantes produtores de milho na primeira safra.
No Rio Grande do Sul, cuja safra vem sofrendo com intempéries nos últimos anos, produtores estão ainda na fase de semeadura de soja, com 60% da área semeada até a semana passada, enquanto caminham para a finalização da colheita de trigo.
"No Rio Grande do Sul, que começou a safra com excesso de chuva, a redução da umidade também já entra no radar dos produtores. Ainda não se pode falar em perdas de produtividade, porém", observou a consultoria privada AgRural, em relatório nesta segunda-feira.
No Paraná, o plantio de soja está praticamente finalizado, com a safra em estágio mais avançado. Na semana passada, a Secretaria de Agricultura do Estado manteve a sua projeção de crescimento de 4% da produção, apontando condições favoráveis para as lavouras.
Pela última projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra do Rio Grande do Sul teria potencial de somar 22,4 milhões de toneladas, enquanto a do Paraná está estimada em 20,35 milhões de toneladas.
A Conab, que projeta uma safra nacional de soja em recorde de 177,6 milhões de toneladas, aponta o Mato Grosso como o maior Estado produtor em 2025/26, com mais de 49 milhões de toneladas, seguido pelo Rio Grande do Sul, Goiás (20,5 milhões de toneladas) e Paraná.
Já os Estados do Centro-Oeste e de outras regiões do país deverão ser beneficiados por chuvas acima da média, segundo a previsão do Inmet.
Para o Centro-Oeste, principal região produtora de soja do Brasil, a previsão para dezembro é de chuvas e temperaturas acima da média na maior parte da região, o que tende a favorecer o avanço do desenvolvimento das culturas de soja e milho da primeira safra.
"Entretanto, em áreas com volume de chuvas abaixo da média, sobretudo no norte de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, pode haver períodos curtos de restrição hídrica, aumentando o risco de estresse hídrico nas fases iniciais do ciclo, especialmente para lavouras implantadas tardiamente", disse o ministério, citando a previsão do Inmet.
Para o Nordeste, a previsão de chuvas acima da média, associada a temperaturas mais elevadas em grande parte da região, tende a favorecer os cultivos em desenvolvimento no mês de dezembro.
No Sudeste, a previsão indica chuvas acima da média, associadas a temperaturas superiores à média, o que tende a favorecer a semeadura e o estabelecimento inicial dos cultivos de verão, como soja, milho e feijão, sobretudo nas áreas com maior disponibilidade hídrica.
"Esse cenário contribui para a adequada reposição da umidade do solo, condição essencial para culturas perenes como café e cana-de-açúcar", afirmou o ministério.
CHUVAS IRREGULARES
Em boletim separado, o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antônio dos Santos observou nesta segunda-feira que a safra de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, tem sido marcada por chuvas irregulares, o que atrasou o plantio em algumas regiões.
Ele citou ainda que uma frente fria que passou pelo Rio Grande do Sul no final de semana levou "chuvas muito irregulares" para o Estado.
"Isso trouxe preocupação gigantesca, já que várias regiões registraram volumes extremamente baixos, Isso pode afetar lavouras de soja e principalmente de milho", disse ele.
O Inmet prevê acumulados de precipitações abaixo da média histórica para dezembro em praticamente toda a região Sul.
Para o Rio Grande do Sul, são previstos volumes até 75 mm abaixo da média no oeste do Estado, bem como na maior parte de Santa Catarina e oeste do Paraná.
(Por Roberto Samora)